Enigmática

terça-feira, 8 de março de 2011

Gente resolvi colocar uma música de abertura, tem tudo a ver com a estória *-*





Britney Spears 

Nada ao seu respeito é típico
Nada ao seu respeito é previsível
você me deixa completamente confusa
(Isso é tão você)
Até agora eu pensava que conhecia o amor
não tinha nada a perder e ele está corrompido porque
foi um padrao que caiu tão rápido quanto eu
(Mas agora)

Pontes estão queimando
Querido, eu estou aprendendo uma nova maneira de
pensar agora
Amor, eu posso ver
Nada será como era porque

Baby, você é tão incomum
ninguém te contou que você deveria quebrar o meu
coração?
Porque eu esperava isso de você
Talvez você nem seja humano, porque somente um anjo
poderia ser tão incomum
Uma doce surpresa eu poder me acostumar com um você
incomum

Ah-ah, ah ah
Ah-ah, ah ah
Ah-ah, ah ah
Ah-ah, ah ah

Passei por tantas coisas quando eu era outra pessoa
Como um lutador no ringue tentando se defender do que
olhos alheios que queria ver o que se passava
(Isso foi ha muito tempo)
Quando estou com você, eu consigo ser eu mesma
Você sempre está onde você diz que estará
Isso é chocante, porque nunca pensei que um amor assim
poderia existir

As mesas estão virando
meu coração está acelerando
você nunca me deixará mal
Responde minhas ligações,
mesmo depois de tudo
Nunca conheci ninguem
como você

Baby, você é tão incomum
ninguém te contou que você deveria quebrar o meu
coração?
Porque eu esperava isso de você
Talvez você nem seja humano, porque somente um anjo
poderia ser tão incomum
Uma doce surpresa eu poder me acostumar com um você
incomum

Não posso acreditar
que quase nem tentei
quando você chamou meu nome!
Agora tudo mudou

Baby, você é tão incomum
ninguém te contou que você deveria quebrar o meu
coração?
Porque eu esperava isso de você
Talvez você nem seja humano, porque somente um anjo
poderia ser tão incomum
Uma doce surpresa eu poder me acostumar com um você
incomum







http://www.vagalume.com.br/britney-spears/unusual-you-traducao.html#ixzz1G1zJD49z


                               1. Tay e eu


   Se n t a d a   n o  j á   d e s c o n f o r t á v e l   b a n c o   d e   

madeira eu esperava Tayson chegar ao aeroporto. Se não o conhecesse acharia que não mais viria, já que passava uma hora e meia do horário combinado. Tentava controlar meu mau humor para quando ele chegasse, era um favor que ele me fazia contra a própria vontade, seria arriscado não parecer grata.

Tay era meu irmão mais velho e eu estava indo morar com ele em Jacksonville, na Flórida, onde eu tinha acabado de desembarcar. Eu havia saído de Ottawa, Kansas,  onde morava com os meus pais.  Eu estava bem lá, meus pais faziam de tudo por mim, mas devido a alguns acontecimentos achei melhor me afastar deles, aliás, de toda vida que eu tinha por lá.
Tay morava em Jacksonville, à quatro anos, na época havia se mudado para cursar a faculdade de direito, que os nossos pais tanto sonhavam que ele fizesse. Mas no fim das contas ele descobriu que aquela não era a praia dele, disse que era tudo um “pé no saco” e cursou administração. Agora ele era gerente de um banco, ganhava bem e morava em um apartamento. Depois que se mudou Tay esqueceu completamente que tinha família. Bom, ele nunca curtiu muito essa idéia de viver em família, sempre gostou de ser livre, de viver a própria maneira, sem proibições, ser ter alguém para dever satisfações... E quando se viu livre de nos ver todos os dias se desligou de vez. Nossos pais ficaram bem chateados com isso, Tay não respondia aos telefonemas, ás cartas, parecia não se importar mais. Eu não liguei pra isso, pois nunca me dei bem com ele, e não me fazia lá tanta falta, mas também me chateei, pelos nossos pais.
Ele achou o fim quando mandei um telegrama pedindo para que me aceitasse em sua casa. De início foi “não, não e não!”. Mas como ele sabia pelo que eu estava passando, e com os pedidos de nossos pais, Tay me aceitou.
Vi um par de tênis estacionar a frente de meus pés, levantei a cabeça, era Tay. Levantou as sobrancelhas.
 -  Oi – cumprimentei tentando não parecer tão nervosa.
-  Vamos depressa, tenho um monte de coisas pra fazer. – pegou minha mala de rodinhas, que estava no chão ao meu lado e saiu andando rápido.
Eu levantei cambaleando, meio desconjuntada e corri para não perdê-lo de vista. “Que ótimo, já vi que ele não está nem um pouco feliz com a minha chegada” pensei. Saímos do aeroporto, Tay abriu a porta do passageiro de seu Eco-sport verde pra eu entrar, enquanto eu entrava ele colocava minha mala no porta-malas. Fiquei olhando sua expressão enquanto ele entrava no carro, parecia bem sério. Ligou o rádio que começou a tocar um rock horroroso e saímos cantando pneu. 
Ninguém diria que eu e Tay éramos irmãos, não tínhamos nada em comum fisicamente. Tay era moreno, tinha os cabelos lisos e pretos. Já eu, como minha mãe, tinha pele clara e cabelos ondulados castanho-claros. Ele era muito bonito, não digo isso por ser sua irmã, pois já deixei claro que não tinha simpatia nenhuma por ele. Sempre foi muito vaidoso com o corpo, era bem definido, era alto, e um super galinha. Desde quando morávamos juntos, ele sempre teve várias namoradas, e sempre foi um idiota com todas.
Abri o vidro deixando o vento bagunçar meu cabelo. Tay corria feito um louco, as árvores lá fora passavam tão rápido que pareciam manchas verdes.
- Tay vá mais devagar!
Ele olhou pra mim parecendo irritado com a reclamação.
- Você vai ter que se acostumar porque eu sempre dirijo assim – falou reduzindo a velocidade.
- Estou surpresa por ainda estar vivo.
Ele não falou nada e continuou dirigindo.